por Patrícia Canelas *
Os sistemas de Certificação Ambiental de Edifícios exigem a introdução de medidas que minimizem os impactes causados pela sua construção e utilização, sendo ao mesmo tempo uma ferramenta que permite identificar os melhores desempenhos, mais confortáveis e saudáveis, e fornece informação técnica a uma sociedade progressivamente mais informada.
Em Portugal, como país de clima ameno, tanto o aquecimento como o arrefecimento do ambiente são hábitos ainda recentes, encontrando-se os sistemas de certificação numa clara fase de crescimento. Mas noutros países existem processos já bastante testados, de que são exemplo o BREEAM e o ECO-Homes, aplicados desde 1990 no Reino Unido (Buildind Research Establishment), o PINWAG, promovido na Finlândia pelo City Planning Department e o Ministério do Ambiente, e o sistema LEED desenvolvido nos Estados Unidos pelo Green Building Council.
Para a classificação de uma moradia em Portugal, estima-se que o tempo necessário para um teste de aplicação do ECO-Homes seja de entre 6 a 8 horas. Neste sistema, verificou-se uma importância gradual, de aproximadamente 21% para os parâmetros de Energia, 15% para as questões dos Solos, Materiais, Poluição e Qualidade e conforto, 10% no que diz respeito à Água e 8% quanto à Mobilidade. Em termos de critérios específicos, atribui-se maior importância relativa às emissões de CO2, ao aproveitamento das águas e ao ciclo de vida dos materiais.
* Arquitecta
Bartlett School of Planning
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