O projecto de arquitectura deste edifício pretende em primeiro lugar cumprir o conceito de quarteirão, referido na memória descritiva do Loteamento Conjunto do Campus da UCP e Outros, em Sintra. Trata-se de um quarteirão em forma de U, em que o pátio é voltado a Norte e o topo edificado deverá ter a mesma altura que as duas bandas laterais, de 3 lotes cada uma. De acordo com o regulamento do loteamento, o edifício apresenta dois túneis de entrada para o seu interior, em lados opostos, sendo o acesso às habitações feito a partir do pátio.
Por questões de topografia, racionalidade construtiva e alinhamento de cérceas, estas entradas para o quarteirão estão situadas a meio da principal pendente, nas fachadas laterais, devidamente compatibilizadas com os portões de acesso dos automóveis para o estacionamento nos pisos inferiores. De facto, a funcionalidade do estacionamento, aliada ao cumprimento da profundidade de 12 metros nos pisos superiores, condicionou em grande medida todo o projecto. Uma vez que com entradas individuais em cada lote seria impossível de garantir o mínimo de 1 lugar por fogo, propõe-se uma entrada e uma saída comuns, no local mais favorável para todo o conjunto. Esta solução será certamente generalizada para todos os restantes quarteirões do loteamento, o que acabará por reforçar a leitura unitária que se pretende para cada edifício.
De forma a garantir a qualidade e a diversidade residenciais, houve também que ajustar algumas tipologias de habitação, reduzindo-se mesmo em vários lotes o número de fogos previsto inicialmente. A distribuição dos 63 fogos mantém no entanto a maioria de T2/T3, com 19 T3, 34 T2, 7 T1 e 3T0.
Projecto de Joaquim Novais, Rui Florentino e Andreia Pascoal.
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