sábado, 29 de outubro de 2022

125 - Urban Logic

La logística urbana se puede enmarcar en la idea de una ciudad de distancias cortas, más sostenible y accesible a sus diversas funciones. Para ello se debe conocer y manejar la mezcla de usos de los barrios desde una referencia temporal de 15 minutos. La propuesta se basa en un tablero que divide la ciudad en 4 áreas, con dos ejes que se cruzan en el centro. El soporte de un sistema conectado con datos geográficos permitirá disponer de información para una eficaz toma de decisiones, con mejores resultados económicos, sociales y medioambientales.

Los principales beneficiarios del programa Urban-Logic serán los ciudadanos y las empresas de logística urbana, a nivel de los desplazamientos cotidianos habituales. Las partes interesadas son los municipios, que necesariamente deben integrar el sistema, beneficiando de una plataforma sobre la mezcla de usos y las densidades de ocupación de sus barrios. De manera indirecta, se promueve una movilidad más sostenible, que agrupe los desplazamientos necesarios en el interior de las 4 áreas urbanas y permita soluciones de colaboración entre empresas de productos complementares.

La idea se basa en un juego pedagógico sobre urbanismo y economía, que fue testado ya en ámbito universitario. Se trata de pasar ahora el proyecto a una dimensión digital, consiguiendo el apoyo de los municipios interesados. El programa Urban-Logic requiere una plataforma abierta con datos sobre la mezcla de usos en las ciudades, que se puede agregar también con la ayuda de información censal y licencias urbanísticas. El objetivo final consiste en disponer de una aplicación móvil, útil para los ciudadanos y servicios de logística.

Las ciudades demandan la creatividad, tal como los negocios, pemitiendo beneficiar las comunidades y el interés público. La idea presenta una lógica de colaboración, la cultura que debemos promover para mejorar los servicios urbanos.


124 - A regulação da construção na Galiza. Tão perto, quão diferente


Em Espanha, a gestão do território é uma competência das Comunidades Autónomas, desde a Constituição de 1978. Desenvolveram-se a partir de então vários quadros normativos, embora com base em princípios gerais comuns, como a lei do solo, revista pela última vez em 2015, e a lei do ordenamento da edificação, estável desde 1999.

No caso da Galiza, onde a cultura se assemelha em muito à nossa, em particular à do Norte de Portugal, partindo de uma raiz histórica comum, a modernização do território levou também a alguma descaracterização da sua identidade. Mas através da introdução de legislação própria, a par dos processos técnicos de planeamento, tem-se procurado gerir a transformação urbana e rural de um modo mais sustentável.

Em concreto, valoriza-se a disposição de grande parte da legislação em direito do urbanismo e da construção estar reunida em somente dois documentos, o Código do Urbanismo e o Código da Habitação, que são atualizados em permanência através do Boletim Oficial do Estado. Neste contexto, e sem prejuízo do esforço por abranger a complexidade natural também inerente ao seu sistema jurídico, é interessante observar as diferenças em perspetiva comparada, face aos nossos regimes legais.

Essa leitura será realizada através de diversos diplomas, tais como a Lei de Habitação e a Lei do Solo da Galiza, e as respetivas normas e regulamentação, recorrendo a alguns dos seus aspetos diferenciados e destacando ainda alguma inovação nos âmbitos da legislação sobre a proteção da paisagem e do “plano básico autonómico”. A reflexão aponta para que a evolução do direito do urbanismo e da construção está diretamente relacionada com a exigência de parâmetros de qualidade e o reforço da competência técnica, que não requerem necessariamente o aumento de procedimentos administrativos.


123 - The Urban Legacy of Malagueira and Álvaro Siza

The architecture of Álvaro Siza has been recognized since his first works in the region of Porto, at the beginning of the career. They evidence a sense of place and a strong commitment to the promotion of the cultural and social way of living (Frampton, 1985). The international style was giving a hand to a more regional approach, linked to the inhabitant’s character and feeling, and his architecture is a special example to the genius loci concept (Norberg-Schulz, 1979). The first Mies van der Rohe prize for the Vila do Conde bank is a mark of the early years, but his lecture of cities was not so explored in urban literature.

In fact, his works are internationally understood as an architecture that fits exactly in what the places require, given the sense that are already there for a long time (Siza, 2000). For example, the decision for the Contemporary Art Centre position in Santiago de Compostela (1993) made comprehensive his urban relations. The landscape is not an empty dashboard, there is history, the geographies, the built environment and all the ingredients of sites are tools to improve the projects for citizens (Molteni, 1997). Through his sketches and research drawings, it is possible to reveal the eyes and hands studying the places where he is called to work, making them also his own cities (Siza, 2001).

The urban theories had shown that there are different dimensions in city planning and design, connected to the various morphological, technical and social approaches (Sanchez, 2008). But of course the cities need them all together and Architects are known as professionals who can make that synthesis. After the Portuguese revolution, Siza was called to plan and design a new neighborhood in Évora, and certainly this experience contribute to his methods and approach (Rodrigues, 1992), especially at urban scale. The goal of this research is to explain the legacy of Malagueira and Álvaro Siza for urban theory.

The projects of Siza were mostly studied when focused on architecture, but it is also important to explore his contribution to plans and operational instruments in a larger scale. Being always attentive to the sites, it is relevant to scope the urban dimension and parameters of his works. Operating in diverse geographies, with unequal developments and ordinances, how his design defines the cultural and social variables associated to other case studies. Finally, since drawing is a good way to reveal the ideas of Álvaro Siza, it is possible to find the boundaries of his vision for regional planning.