terça-feira, 30 de agosto de 2016

CASU 16 - Primavera / Verão 2016


Já no final de Agosto consigo completar esta edição dos CASU's, novamente "dupla". Foi este ano uma Primavera escura a nível pessoal, abrilhantada por mais uma estrela no céu. Nas muito preenchidas actividades profissionais, relembro o 1º Encontro Ibérico da INTBAU, que realizámos com êxito em Vila Nova de Cerveira e a que corresponde esta foto, de um grupo internacional de participantes, no workshop inicial de desenho de detalhes da arquitectura tradicional local. E porque o editorial terá muitos links, o primeiro, para o relato extenso deste Encontro, aqui.
Esta edição integra dois resumos de dissertações de Mestrado que orientei na ESG, de Anxo Vila sobre o desenvolvimento urbano em Bembrive, na periferia interior de Vigo, e de Katia Pena, relativa aos princípios bioclimáticos da arquitectura contemporânea na Galiza, onde tivemos o prazer de contar com o Prof. Miguel Amado no júri. Os outros dois CASU's referem-se a dois pequenos textos que fiz. O primeiro com a Memória do último Congresso Iberoamericano de Urbanismo, que li no encerramento de uma nova sessão da AUP no Olga Cadaval em Sintra e saiu finalmente na publicação digital com ISBN que coordenei, disponível para download aqui. E o segundo artigo, para um novo livro do Prof. João Pedro Costa, que irá reunir os seus editoriais na revista Arquitecturas. "Os urbanistas e a gestão do território" refere-se claro está ao papel dos profissionais no âmbito das cidades, não entrando na problemática da floresta, muito fustigada mais um Verão. Neste debate político, uma das vozes mais relevantes é a de Henrique Pereira dos Santos, Arquitecto Paisagista, como neste texto.
Na estação conhecida por silly season, falou-se também muito da alteração aprovada pelo Governo à fórmula do Imposto Municipal sobre Imóveis, onde o meu amigo João Fonseca esclarece, com propriedade, que o impacte não é relevante, embora se duvide que resulte em termos de justiça social. E porque é sempre quando tenho mais tempo para ler, mesmo a meio de Agosto retive um artigo de António Sérgio Rosa de Carvalho no diário Público, aprofundando a questão da ideologia política de Le Corbusier, mestre do movimento moderno. Recorreu à imagem das duas faces de Janus, ... e não é que o jornalista / escritor José Rodrigues dos Santos poderá ter razão? Talvez, porque igualmente há muita mais história do que a que se ensina nos cursos de Arquitectura. Trata-se de uma reflexão que apareceu finalmente em França, quase 100 anos depois. Já nas redes sociais, foi sim muito elogiado um texto do Prof. João Seixas, pelo seu ensaio de bem escrever, sem dúvida politicamente correcto, sobre as questões urbanas que podem decorrer do crescimento do turismo em Lisboa, mas oportunamente sujeito ao contraditório de Tomás Belchior. É matéria que voltará brevemente a estes Cadernos. Até lá, boas leituras.

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