quinta-feira, 14 de setembro de 2017

CASU 18 - Inverno, Primavera e Verão de 2017


Depois de no início do ano ter iniciado este desafio na Ordem, em benefício da arquitectura e por inerência da qualidade de vida dos cidadãos, muito já correu e os CASU's reapareceram timidamente só agora no Verão, juntando 3 estações. Será a partir de aqui que vou simplificar o formato, podendo então referir qualquer um dos mesmos 4 temas, embora sem os agrupar por ordem, encabeçados por estes "editoriais", dado que muitas oportunidades de informação, das várias actividades em que estou envolvido, surgem com cada vez maior frequência. Mas primeiro, para não destoar da memória do que foram os 17 editoriais anteriores, umas notas de generalidades.

O flagelo dos incêndios voltou, agravado ainda com imagens que julgávamos apenas ver nos filmes de ficção e pouco se percebeu ainda do que terá de se alterar para que não volte a acontecer. O clima do país melhorou ao nível da confiança, graças ao esforço notável de recuperação dos portugueses e do governo que nos resgatou da troika, mas foi também neste Verão que a geringonça nos ofereceu mais um verbo. Cativar: eu cativo, tu cativas, ele cativa, nós cativamos, vós cativais, eles cativam... Mas não... o ilustre Mário Centeno não é cativo (mau em italiano). Diria mesmo que para além dos arquitectos, da selecção de futebol e dos irmãos Sobral, os nossos últimos Ministros das Finanças são das classes profissionais que melhor se têm portado, de Teixeira dos Santos a Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque (insultem-me à vontade).

Já na arquitectura, regressou o embate com a guerrilha dos engenheiros e a teimosia de voltar atrás, legislar em sentido contrário ao da evolução das qualificações e competências. Perdida a batalha na votação na generalidade, devido à abstenção generalizada, a redacção será agora debatida em comissão da especialidade, antes de voltar a plenário da Assembleia da República. Deste tema dão conta 3 textos, o meu, que saiu no P3 (suplemento on-line do Público), um do Daniel Fortuna do Couto, no Jornal de Notícias, e a petição que promovemos, afirmando claramente o que pensávamos ser já desnecessário no estado de desenvolvimento a que chegámos, que a Arquitectura só pode ser exercida por Arquitectos. O 4º texto é também um artigo de jornal, mas de outro tema: o inesquecível curso de verão em Navarra, em que tive o gosto de participar numa breve sessão, a convite dos organizadores, INTBAU Espanha e Prémio Rafael Manzano de Nova Arquitectura Tradicional, que aliás se estendeu este ano a Portugal (graças ao generoso apoio do Richard H. Driehaus Charitable Lead Trust e da Fundação Serra Henriques) e do qual darei notícia já em Outubro.

Entretanto, fica em cima uma foto de Xangai, metrópole de tão só 25 milhões de habitantes, que tive oportunidade de visitar por ocasião de um seminário sobre a construção e o planeamento urbanístico para os países de língua portuguesa, numa comitiva com mais de 40 colegas (e novos amigos), de Portugal, do Brasil, da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Dela sairá também um texto rapidamente aqui, mas que será publicado em primeira mão através do site arquitectos.pt  E finalmente de onde escrevo estas linhas, em Vila Nova de Cerveira, começa amanhã um novo ano lectivo, com mais estudantes e animo redobrado. Que seja proveitoso para todos!

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